novembro 13, 2007

Interpol have announced shows in South America for March.
11 March – Sao Paulo, Via Funchal – Tickets coming soon!
13 March – Rio, Findicao Progresso – Tickets coming soon!
15 March – Belo Hoizonte, Chevrolet Hall – Tickets coming soon!


tim fuck festival versão para jornal

novembro 10, 2007

Pedreira lotada como em 86
Mais uma edição do Tim Festival motiva 27 mil pessoas a assistirem a etapa curitibana do evento

Para mim foi muito mais uma questão de sobrevivência. Para fãs, deve ter sido o melhor show da noite. A islandesa Björk foi a segunda a se apresentar em Curitiba no dia 31 de Outubro, no “evento do ano” Tim Festival. A produção da cantora mostrou-se bem mais afiada que a do Tim: enquanto sua performance impressionava a massa, um número considerável de pessoas ainda aguardava na fila para entrar na pedreira Paulo Leminski, local dos shows. Erro da organização, que abriu os portões apenas uma hora antes da primeira banda, Hot Chip, começar a tocar. Estava do lado de fora e não vi, mas ouvi comentários etílicos de que “definitivamente era eletrônico”. Sobre a Björk é que não há muito que falar a não ser: go back to Islândia. Para quem não era fã (e não viu Hot Chip?), deve ter sido o pior da noite. Fiquei por lá comendo club sociais inacabáveis que estavam sendo distribuídos para o público do festival. Dava até para escolher o sabor.

Os ingleses do Arctic Monkeys subiram ao palco depois de um intervalo infinito em que a estrutura da popstar islandesa foi desmontada com som ambiente de suas próprias canções. Cada vez mais pessoas entrando, ainda remanescentes da fila. “A pedreira não lotava assim desde Ramones em 86”, exagerou alguém, sem nem saber se esse era o ano certo da apresentação a que se referia. Com um set coeso, de “clássicos” dos dois álbuns, os Monkeys animam, mas não tanto. Falta movimento no palco. Há quem diga que o baixista tocava com play-back. Sabe, eles nunca tinham parecido tão ingleses no youtube quanto agora em um palco curitibano. O vocalista Alex Turner parava o show para falar com os outros membros da banda e ensaiar algumas palavras com a platéia. Esse inglesinho veio lá da Inglaterra até aqui para afinar guitarra? Nos melhores momentos eles parecem uma mistura de todo o rock anterior: punk, pós-punk, Led Zepelin, Beatles, Strokes – algo extremamente contemporâneo, embora não novo. O baterista é o que mais impressiona, musicalmente falando. Um dia antes vi esse moleque em uma balada, pouco mais velho que eu e agora a gente aqui, chamando ele de gênio. The view from the afternoon é o ápice dele. Talvez um dos ápices da apresentação, junto com a explosão de Dancing shoes, as pops I bet you look good on the dancefloor e Fluorescent adolescent, e From the Ritz to the Rubble. Em Fake tales from San Fransisco, aquela da linha de baixo à la Champignon, os gritos foram de Charlie Brown! Charlie Brown! Já conhecíamos essa de tempos. Nessas horas é foda ser brasileiro e só poder ter visto esse show hoje com outras 27 mil pessoas. Em pequenos pubs ingleses o som do Arctic Monkeys deve ser potencializado de uma maneira absurda.

O que nunca aconteceria com o Killers. Grandioso e opaco, bonito e brega, o show dos americanos foi feito para palcos grandes. Brendan Flowers consegue agarrar a platéia e segurá-la firma, mas às vezes exagera. Deve ter assistido Mick Jagger e Fredie Mercury demais. Também, em uma banda em que o baixista parece um Carpenter que não interage com o show e o baterista toca com uma roupa de Harry Potter e o guitarrista parece tanto o Keith Richards que não tem vergonha de imitá-lo descaradamente, todas as atenções restam para Flowers e o seu ego – que é imenso. Faltava espaço para o vocalista do Killers. O palco precisava ser no mínimo três vezes maior para agüentar um rock tão de arena e um vocalista tão confiante de si mesmo, que enchia a pedreira toda e chegava a incomodar um pouco. O repertório do Killers, no palco, parece um costurado de hits: todas as músicas tem um grande potencial pop, até culminar em Somebody told me, que parece feita apenas de refrões. Toda aquela massa pulando e gritando as letras infantis do vocalista e compositor e quem se importava com isso? Eles também parecem uma bandinha de formatura qualquer – que é onde devem tocar em Las Vegas, cidade natal da banda. Antes de arremessar flores, Flowers até ensaiou um coro com a platéia. Depois de gastar aparentemente toda a munição (Somebody…, When we wer young, Read my mind, Mr. Brightside) a banda deixou o palco, mas como era óbvio para alguém com tanto amor ao próprio umbigo, retornaram para tocar mais. Mais um hit, só se for. Uma hora eles acabam.

Fim do espetáculo, a multidão que se contorcia no rock’n’roll agora anda calmamente para os portões de saída. Alguns vão pegar ônibus para voltar direto para sua cidade, em outro estado talvez, outros, de Curitiba mesmo, esperar um ônibus para casa. Ou brigar por um táxi. A concorrência é difícil, braços se levantam ao menor sinal da cor laranja, mas não, não estamos em Nova Iorque. Em Curitiba é preciso chamar um táxi pelo telefone, mas os números estão todos ocupados. Ironicamente, conseguimos o caro à moda nova-iorquina. Fomos para o pós-tim no (demasiado) pop James Bar. Lúcio Ribeiro, que escrevia uma coluna de cultura pop na Folha On-line e hoje tem um blog pela IG, estava lá cuidando da música. Tiozinho, barriga de cerveja, camisa pólo e aliança no dedo, olhando meio que distraidamente para os CDJ. No som um eletro pesado, o bar indie parecendo uma rave insana. Devia ser o melhor lugar para acabar a noite depois do Tim. Não existe hype às cinco da manhã; só existem bêbados às cinco da manhã.

(publicado no joral Zero, do curso de jornalismo da UFSC – inclusive com os erros de digitação)


mango pickle down river

novembro 7, 2007

só agora baixei o segundo álbum da m.i.a. (lançado em agosto) e, sim, é um ótimo disco. melhor ainda que arular, de 2005. mia é cool, por falta de outra palavra melhor. uma música orientada para o novo muito mais do que qualquer banda de guitarrabaixobateria. alguém aí vai juntar os dois?


oras bolas

novembro 5, 2007

nem bem o artic monkeys cai no brasil pela primeira vez e sai essa: alex turner lança álbum solo em 2008. o trabalho está sendo produzido por james ford, do simian mobile disco – que também produziu favourist worst nigthmare, segundo álbum dos inglesinhos – e por miles kane, do little flames. além deles, final fantasy, também conhecido como owen pallet, ou ainda mais conhecido como o violinista que acompanhou o arcade fire em suas turnês e escreveu os arranjos de cordas e orquestra dos dois álbuns da banda canadense está também compondo para o disco do alex turner. as músicas já foram gravadas, em paris, e segundo ford foi bem divertido e eles jogaram ping-pong, comeram queijo e beberam vinho tinto e agora só falta ajeitar tudo com as cordas. o que sai disso eu não faço idéia, espero que turner esteja querendo criar alguma coisa realmente nova para se lançar em um projeto solo mal tendo uma banda que vem da inglaterra para ficar afinando guitarra em curitiba. falando nisso, dizem que o baixista estava fazendo playback, alguém reparou?


hey

outubro 29, 2007

ah, droga apaguei sem querer o post do arctic monkeys. in fact, estou bem ansioso em relação ao show deles, só me falta…

ouvindo coisas estranhas.


santo(pink)gold

outubro 18, 2007

santo(pink)gold

O ilustrator tava ali e eu não tinha nada pra fazer.


ah, mulheres.

outubro 11, 2007

há alguns dias reparei que toda banda nova que eu gostava tinha mulheres cantando e toda vez que eu pensava em compor um música logo pensava também em que quem (do sexo feminino) poderia gravar o vocal. kid vinil deu o aval e ainda apresentou mais duas bandas.


Ouvindo pela primeira vez Radiohead’s In Rainbows.

outubro 11, 2007

Depois de tudo que li, esperava algo mais díficil. Achei 15 Step sussa. ruídos, o vocal lamentoso. barulhos. a guitarra quando entra é bem divertida. tem uns barulhos meio viciantes, o baixo entra e sai.

Bodysnatchers começa com uma pegada pop. Tem uma atmosfera bem barulhenta, de guitarra distorcida.

Bom esse baixo de Nude. E a música também. Lenta, bonita, a melodia é bem bonita, mas parece um pouco fora de foco. Gostei disso.

Weird Fishes/Arpeggi: depois dos 3:50 o barulho nos fones de ouvido deu uma impressão bem espacial.

Achei All I Need bem triste. Mas a bateria meio que me hipnotizou, fiquei prestando atenção nas batidas que ela quebrava e o piano dando aquele clima grave.

Faust Arp. Uma quase-balada, com violinos, violões e vocais velozes (vozes veladas violões).

Mesmo com o vocal lamurioso, a bateria de Reckoner deu uma acelerada no meu humor aqui. Essa música é estranhona mesmo, mas é rock.

Vai, vou plagiar o thiago ney, da folha: se House of Cards não fosse do radiohead, seria folk. Não gostei da música.

Divertida a Jigsaw Falling Into Place. Vocal mais animado, bateria animada. O baixo tirando um som bom.

Bem mais calma que a anterior. Videotape. Piano repetitivo, a bateria aparece lá depois de um minuto de música, mas não aparece muito, aparece mais para o fim. ruídos. sempre o piano. a melodia tem umas quebras bonitas. a música é bonita. acho que um bom fim de disco.


vou te deletar, te excluir do meu myspace.

outubro 10, 2007

Estava agora reclamando da velocidade da luz do MySpace. Por coincidência li hoje no blog ilustrada no pop que até o fim do ano o Facebook vai entrar na concorrência com o site do senhor-da-mídia-mundial Rupert Murdoch (que além do myspace também é dono dos simpsons). Murdoch deve estar um pouco irritado com todo o falatório em torno do Facebook, e isso antes do anúncio de que eles vão criar uma plataforma para músicos, “not itunes killer, but myspace”. Segundo o empresário australiano, em entrevista a um blog da cnn no mês passado, “it’s “ridiculous” to say that Facebook could be worth US$ 5 billion but not to suggest that MySpace could be worth nearly US$ 12 billion? Seems like some fuzzy math going on there”. Na análise do Wall Street Journal (que, olha, também é do murdoch), o valor do site de relacionamentos criado há três por Mark Zuckerberg, 22, já ultrapassa a casa dos US$ 10 bilhões. A Microsof, querendo entrar na brincadeira da internet para jovens, ofereceu entre $ 300 e US$ 500 milhões por uma participação de até 5% no facebook. Zuckerberg já rejeitou propostas de compra da Viacom (US$ 750 milhões) e do Yahoo (US$ 1 bilhão). O Google também demostra interesse em investir no projeto. Ainda bem. Não simpatizo com a Microsoft. E ainda bem pro google se conseguir, pois o seu site de relacionamentos (o orkut) é um fiasco fora do Brasil e da Índia e mesmo aqui anda meio caidinho (ou sempre foi?). Já o facebook, com 100 mil novos usuários por dia, é desses sites o que mais cresce. Também é o mais ‘cool’ e inovador. Hip? Vou lá fazer um para mim.

see ya.


outubro 8, 2007

O sexto álbum de estúdio dos “veteranos” do spoon (ga ga ga ga ga) é um dos melhores lançamentos do ano. No allmusic, para citar, tem tantas estrelinhas (4emeia de um total de 5) quanto girls can tell, de 2001, disco clássico (se é que se pode falar em clássico nesses tempos) da banda texana. Aquelas boas influências late 80s-early 90s. No vídeo, a música you got yr. cherry bomb.


elipses

outubro 8, 2007

folha mais de domingo: nazismo e che guevara. não cansa, não?


say ‘aha’

outubro 5, 2007

Sem demorar muito: como o outro blog tem uma proposta fixa, agora esse. Agora isso. Vou escrever um textinho explicativo aqui, maybe, mas a idéia é que nessa outra brincadeira tenha música, jornalismo, ironias & histórias pra boi dormir.

Vou começar na ordem, com música: não tem como parar de ouvir Santogold. Essa Santi White tem uma voz absurda que, como foi bem colocado na rollingstones americana, “recalls M.I.A. one minute and Karen O the next”. Santi cantava em uma banda de punk chama Stiffed, mas não consegui achar nada deles para baixar no soulseek, e agora, direto do Brooklyn (mora em NY desde 2005), é “the newcomer who’s about to change the sound of pop as we know it”, segundo a revista de música inglesa NME. Alguns grandes nomes são parceiros do projeto, como Diplo e Naeem Juwan – do grupo de rap nova-iorquino Spank Rock. Olha, as músicas que estão no myspace do grupo/cantora/seilá são de um ep intitulado “i belive in santogold”. So, i belive.

myspace.com/santogold

vale ouvir também – não parei de ouvir hoje, alternando com santogold: myspace.com/thetingtings

see ya.